O que é poka yoke e como aplicar na sua empresa

Já imaginou eliminar as falhas, e os custos delas, da sua empresa? Os sistemas à prova de falhas podem ser os melhores aliados dos seus processos. Descubra neste artigo o que é Poka-Yoke e como aplicar na sua empresa.

Sumário

Este artigo é um alerta para que você comece a mudar a maneira com que enxerga e cria os processos na sua empresa.

O objetivo sempre será que você consiga enxergar nos seus processos as melhorias que o levarão a produzir mais, com maior qualidade e menor custo.

O modo errado de evitar falhas nos processos

Em quase 100% das vezes, quando ocorre um problema em algum processo, a primeira frase que se ouve é “o operador não fez isso” ou ainda “a funcionária fez assim”.

É impossível termos processos totalmente automatizados, e eliminarmos o fator humano das nossas empresas.

Lembre-se que o seu time é um dos pilares da sua empresa. E seres humanos não são máquinas.

O erro está em, dentro de um processo, confiar apenas na memória ou na capacidade de alguém para executar determinada tarefa.

Especialmente quando tratamos de processos que apresentam grande volume e etapas que se repetem diversas vezes.

Se uma falha aconteceu, é porque o seu PROCESSO permite que falhas aconteçam.

O que é poka-yoke?

Poka-yoke é um termo japonês para designar os sistemas chamados de à prova de erros.

Ele é qualquer mecanismo que, independentemente do operador, impede ou alerta a ocorrência de uma falha.

Pode ser uma marcação na mesa, um soprador que tira caixinhas vazias da esteira de embalagens ou uma super máquina programada para executar determinada tarefa.

Por que usar um poka-yoke?

Quanto menos problemas surgirem, e seguirem, ao longo do seu processo, maior vai ser a eficiência dele.

O que resultará em menos gastos, menos retrabalho e menos desperdício de materiais.

Classificações e exemplos de poka-yoke

De uma forma geral, podem ser classificados em duas categorias:

  • De advertência:

Ele irá emitir algum alerta quando detectar uma falha.

Ou seja, não impede que a falha ocorra, mas impede que ela siga no processo e, até mesmo, que chegue ao consumidor final.

Exemplo:

Uma balança de pesagem monitorada, que exibe um alerta quando o peso está diferente daquele que havia sido programado.

  • De controle:

É o que trava o sistema antes ou depois de uma falha. Esse que deve ser utilizado para impedir que as falhas ocorram.

Exemplo:

O sistema impede de seguir com o preenchimento de uma ficha se ficou faltando uma informação importante.

Podemos ainda separar em categorias mais específicas:

1. Poka-yoke pró-ativo: age na prevenção da falha e pode ser classificado em:

  • de contato: um dispositivo físico que impede que o operador erre.

Exemplo: o formato de encaixe dos dispositivos eletrônicos que permitem apenas uma maneira de encaixar.

  • de contagem: dispositivos para quando existe a necessidade de contar os produtos.

Exemplo: contadores de cápsula que permitem avançar apenas quando o total de cápsulas é encaixado.

2. Poka-yoke reativo: age depois da ocorrência da falha, nessa categoria estão as duas categorias gerais mencionadas anteriormente.

  • de controle: interrompe o processo caso detecte uma falha.
  • de advertência: sinalizam que ocorreu a falha.

Como implementar na sua empresa:

1. Defina qual o problema ou defeito quer eliminar.

Não é possível eliminar todas de uma única vez. Por isso é importante lembrar que isso é um processo e que necessita principalmente da mudança de pensamento.

2. Encontre em qual etapa do processo está a causa do problema.

O diagrama de Ishikawa poderá auxiliar nesta etapa.

3. Enumere quais os erros podem estar acontecendo na etapa identificada no item 2.

4. Gere ideias de dispositivos, novos procedimentos ou mudanças no sistema, para eliminar ou detectar o erro causador da falha.

5. Defina o Mínimo Produto Viável do poka-yoke.

Às vezes imaginamos um sistema complexo para resolver o problema, por isso busque sempre o mecanismo mais simples e eficiente para testar se o poka-yoke escolhido é realmente eficiente na detecção ou prevenção da falha.

6. Implemente e padronize a utilização.

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