Como lidar com riscos na liderança

Uma pessoa toma entre 2 e 500 decisões por dia, consciente ou inconscientemente. Sabe o que todas essas decisões que você toma todos os dias têm em comum? Todas elas geram riscos. Por isso é indispensável que você saiba como lidar com riscos na liderança.

Sumário

Independente de qual o seu nível de liderança, você é responsável por conduzir o seu time de acordo com as estratégias estabelecidas pela empresa.

Conduzir um time implica, necessariamente, em tomar decisões. Algumas são mais fáceis, outras são mais difíceis.

Mas toda, e qualquer, decisão possui um risco associado.

Portanto, além de tomar decisões, um líder precisa saber lidar com os riscos envolvidos em cada uma das decisões tomadas.

Neste artigo vamos falar sobre como você pode melhorar a sua tomada de decisões e diminuir os riscos envolvidos nelas.

O que significa tomar uma decisão?

De acordo com sua estrutura, a palavra decisão significa “cortar fora”.

Mas o que isso quer dizer efetivamente?

Toda vez que você decide sobre algo, significa que escolheu focar nisso. Ao mesmo tempo que exclui todas as outras opções que poderiam ter sido escolhidas.

Essa perspectiva de “perder todas as outras oportunidades“, é uma das responsáveis por tornar tomadas de decisões um processo estressante.

Decisões e riscos

Os riscos, assim como as decisões, podem ser grandes ou pequenos.

E o fato de termos que lidar com esses riscos e a magnitude deles, são o que terminam de deixar a hora de tomar uma decisão uma verdadeira enchente de cortisol no nosso organismo.

O nosso cérebro pode ficar tão sobrecarregado e acabar, até mesmo, nos impedindo de tomar determinada decisão.

Por isso, sistematizar a tomada de decisões auxilia a controlar a emoção e aumentar o nível de racionalidade do nosso cérebro.

A base da metodologia

Esse método nós criamos com base em diversos aprendizados, ao longo dos nossos anos de trabalho e muitas decisões erradas tomadas.

Ele consiste em criar uma matriz, relacionando os tipos de decisões e os tipos de riscos, para facilitar a análise.

No eixo horizontal da matriz estão os dois tipos de decisão:

  • Reversíveis: você pode voltar atrás caso algo dê errado.
  • Irreversíveis: despois que a decisão foi tomada e posta em prática, não tem mais como voltar atrás.

Enquanto no eixo vertical estão os dois tipos de riscos:

  • Leve: não vai gerar um impacto muito grande, se ocorrer.
  • Risco da Ruína: se ele acontecer pode arruinar tudo.

Os quadrantes: risco x decisão

Com a divisão aparecem os quadrantes que combinam um tipo de risco com um tipo de decisão.

  • 1º quadrante – Decisão Irreversível e Risco de Ruína: Esse é o pior cenário para se estar.
  • 2º quadrante – Decisão Irreversível e Risco Leve: Nem sempre é vantajoso não poder voltar atrás em uma decisão.
  • 3º quadrante – Decisão Reversível e Risco de Ruína: esse é um quadrante hipotético, porque se o risco é tão grande a ponto de arruinar tudo, como afetar a imagem da empresa perante os clientes, a decisão não é facilmente revertida.
  • 4º quadrante – Decisão Reversível e Risco Leve: a meta é que todas as decisões que você tiver que tomar estejam neste quadrante.

Minimizando os riscos

O seu trabalho como líder que toma decisões é, sempre que possível, fazer com que as decisões irreversíveis se tornem reversíveis e os riscos de ruína se tornem riscos leves.

Para isso você deve pensar e encontrar alternativas para que essas mudanças ocorram.

Lembre-se: seu cérebro vale mais do que seu braço.

Você pode, por exemplo, fazer uma simulação da decisão em uma escala menor. Isso torna a torna, automaticamente, reversível e minimiza os riscos.

Imagine que, por exemplo, você queira colocar o time da contabilidade da sua empresa para trabalhar em RH. Concorda que é arriscado demais simplesmente mudar tudo de uma vez?

Então o que você pode fazer é montar um rodízio de duas pessoas da equipe por semana trabalhando de casa por semana, durante um mês, ou o tempo necessário para que todos possam vivenciar essa mudança.

Ao fim do período de teste, reúna a equipe e rodem um debriefing, para juntos analisarem como foi o trabalho e a viabilidade da mudança.

Deixe clara a decisão e os riscos

Ter clareza sobre o que você está decidindo e quais os riscos envolvidos é fundamental.

Para ajudar na clareza você pode definir qual a sua prioridade com essa decisão, utilizando o triângulo das prioridades de Simon Bowen.

Com isso, as prioridades podem ser:

  • R: o resultado esperado.
  • T: tempo em que a decisão precisa ser tomada.
  • D: dinheiro, quanto dinheiro estará envolvido nessa decisão.

Além de utilizar o quadrante cartesiano para a tomada de decisão.

Escreva a decisão que precisa ser tomada em uma folha e a posicione em uma mesa em que você consiga se mover livremente ao redor. A cada pergunta você deve se movimentar e ir para o próximo lado da mesa.

As perguntas que você deve responder são:

  1. O que acontecerá se eu disser SIM?
  2. O que não acontecerá se eu disser SIM?
  3. O que acontecerá se eu disser NÃO?
  4. O que não acontecerá se eu disser NÃO?

Vire mestre em reduzir riscos

A única forma de reduzir os riscos é tomar as melhores decisões.

E você só vai conseguir fazer isso, tomando decisões! A prática é a única forma de aprender.

Coloque-se em situações que te levem a tomar decisões.

Quanto mais você executar o processo de tomar decisões de forma consciente, menos formal e mais intuitivo ele vai ser.

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