O pior tipo de gasto que a sua empresa pode ter é o gasto gerado pelas falhas na qualidade.
E eles se tornam maior ainda quando tais falhas chegam até o seu cliente.
Por isso, vamos apresentar neste artigo a ferramenta perfeita para barrar e diminuir as não-conformidades dos seus produtos.
O que é Jidoka

É uma das ferramentas principais da filosifia Lean e significa autonomação, ou seja, automação com toque humano.
Foi desenvolvido para ser utilizado por empresas com grandes linhas de produção, mas os seus 4 princípios podem ser aplicados à qualquer modelo de negócio.
O objetivo geral do Jidoka é implementar a cultura de qualidade, onde todos são responsáveis pela manutenção dos produtos e serviços.
Ao invés da conferência ser realizada apenas no fim do processo de produção, a inspeção da qualidade é feita em cada etapa do processo.
Os objetivos específicos do Jidoka

Podemos destacar dois objetivos do Jidoka aplicado:
1º. Proteger a empresa contra a entrega de produtos de baixa qualidade, seja para a próxima etapa do processo ou par ao cliente final.
As etapas do próprio processo produtivo impedem que o erro avance para a próxima etapa.
2º. Acompanhar o Tackt time, ou ritmo de produção.
A padronização dos processos permite determinar o tempo médio deles, o que se torna mais um parâmetro para detectar anomalias.
Os 4 princípios do Jidoka

O Jidoka possui quatro princípios básicos:
1. Destacar a anormalidade

A estruturação dos processos deve ser feita de forma a permitir que qualquer anormalidade que apareça seja detectada e destacada e forma simples e rápida.
2. Parar o processo

Assim que a falha é detecdata, o processo deve ser interrompido. Por isso é fundamental que a equipe tenha autonomia para isso.
Independentemente do cargo que a pessoa ocupa, ela deve interromper o processo.
E aqui entram dois conceitos que estão intimamente ligado ao Jidoka: Cadeia de ajuda e escalonamento.
Fica definido quem tem, dentro da cadeia de ajuda, autonomia para resolver as não-conformidades que aparecerem.
Caso ela não esteja dentro do escopo de quem a identificou, deve-se chamar a próxima pessoa na cadeia de ajuda.
O nível de autonomia pode ser definido tanto pelo conhecimento técnico, quanto pelo tempo que é necessário para resolver o problema.
3. Resolução imediata do problema

Problema que pode ser resolvido agora, DEVE ser resolvido agora.
Não importa até qual nível da cadeia de ajuda precisou ser acionado, mas aquele que tiver a autonomia para resolver a questão, deve fazer o que for preciso para que ela seja resolvida.
4. Investigar a causa raiz

Assim que se detecta o problema, as medidas tomadas são de contenção pra resolver o problema e permitir que o processo volte a rodar.
Depois de tudo resolvido, vem a 4ª etapa: descobrir o que causou o aparecimento dessa não-conformidade no processo.
Afinal, de nada adiantaria resolver o problema uma vez e permitir que ele continue aparecendo no futuro.
Ferramentas úteis no Jidoka

Algumas ferramentas auxiliam na implementação do Jidoka dentro da empresa:
- Poka Yokes: servem para identificar o problema e interromper o processo.
- Andon: o sistema de sinalização pode ser utilizado tanto em conjunto com algum poka yoke quanto de forma independente para solicitar a presença do seu superior na cadeia de ajuda, por exemplo.
- Trabalho padronizado: ter a padronização dos processos permite estabelecer o padrão de qualidade que deve ser seguido.
A implementação do Jidoka depende fortemente da cultura da empresa, e para a mudança de cultura não basta saber a teoria.
Por isso, coloque em prática!