Aprender parece uma tarefa muito simples, certo?
Você mesmo já aprendeu tanta coisa na sua vida, não é mesmo?
Mas já parou pra pensar no processo envolvido nesse aprendizado? E como esse processo se modificou ao longo da sua vida?
Quando você aprende o mecanismo envolvido no processo de aprendizado, você consegue utilizá-lo de uma forma mais sábia e eficaz.
E assim ele irá lhe ajudar a adquirir novos hábitos e conhecimentos como se estivesse instalando um novo software na sua mente.
Aprenda o que é neuroplasticidade

O artigo de hoje irá lhe trazer uma série de conhecimentos novos, então prepara e vamos ao primeiro: o que é neuroplasticidade?
De forma bastante simplificada, é a capacidade que nosso cérebro tem de criar “novos caminhos” para a transmissão de informações entre os neurônios.
Quanto mais utilizado for esse novo caminho, mais frágil as conexões antigas ficarão.
Agora vamos a outro conceito importante…
Homeostase e a zona de conforto

Homeostase é um nome muito assustador, certo?
Mas esse é só o nome dado para um conjunto de processos que ocorrem no nosso organismo para que as nossas funções internas se mantenham constantes, mesmo com as variações externas do ambiente.
Ou seja, o objetivo é manter o equilíbrio.
Quando trazemos para esse conceito para os nossos comportamentos temos a “homeostase comportamental” e tenho certeza que você já ouviu falar sobre isso com outro nome: ZONA DE CONFORTO.
Nem sempre ela é uma zona “confortável”, mas sim uma situação de equilíbrio.
Alí já conhecemos e estamos acostumados às atividades e às consequências de cada uma delas, por isso não fazemos nada para que isso mude.
O que acontece quando saímos do equilíbrio?

A área fora do equilíbrio é chamada de área alostática.
Nessa área o nosso corpo entra em estado de alerta e aumentam os nossos níveis de cortisol e de estresse.
Por isso tendemos a retornar ao equilíbrio o mais rápido possível.
Por exemplo, se você não se sente confortável falando em público e precisa ministrar um treinamento para uma equipe.
Provavelmente, suas mãos começarão a suar, seus batimentos cardíacos ficarão acelerados e a sua ansiedade irá aumentar.
Dependendo de como foi essa experiência anteriormente para você, o seu primeiro instinto pode ser até mesmo o de fuga.
Para crescer é preciso entrar em movimento

Quando analisamos, é justamente na zona de desequilíbrio e “caos” que está a zona de crescimento e aprendizagem.
Porque é nessa situação que você terá a oportunidade de criar novas sinapses.
Mas é preciso ter atenção!
Lembra da última vez que você decidiu voltar a fazer uma atividade física?
Você deu 110% de si mesmo na academia. E no outro dia você mal conseguia sentar…
Eu sei, já aconteceu comigo exatamente isso.
Quando exageramos no “desequilíbrio” acabamos fadigando o nosso corpo.
O mesmo acontece nos estudos.
De repente, você decide que vai estudar 5 horas por dia, todos os dias. E aí duas coisas acontecerão:
- O cérebro não vai conseguir reter a maior parte das novas informações.
- Vai ser quase impossível manter esse ritmo de estudos e transformar essa atividade em um hábito.
A melhor forma de aprender

Quando começamos a sair aos poucos da zona de conforto, adquirimos novos conhecimentos e estabelecemos novas sinapses, é como se fossemos também expandindo a área homeostática.
Dessa forma, o nosso novo equilíbrio passa a englobar novos conhecimentos, habilidades e hábitos.
Agora vou te contar um segredo: o seu cérebro não consegue diferenciar muito bem a ficção da realidade.
Por isso, quando você se imaginar na situação que irá te tirar da zona de conforto, muito provavelmente seu corpo irá começar a apresentar as mesmas reações que teria caso estivesse nessa situação real.
Fazer um exercício de visualização pode ajudar o seu cérebro a se dessensibilizar e a ir se acostumando com essa situação, aumentando assim a sua zona homeostática.
O segredo para aprender algo novo está em praticar isso em pequenas doses, todos os dias.
Catalise o aprendizado com dopamina

Outro pulo do gato para te ajudar a manter a constância é conhecer a sua motivação.
Um estudo já demonstrou que o nosso cérebro libera mais dopamina durante a execução de uma tarefa quando temos um objetivo a ser alcançado com ela.
E, muitas vezes, ela é liberada em maior quantidade durante a própria execução do que quando recebemos a recompensa.
Então defina o seu porquê e comece a praticar em doses homeopáticas!